quarta-feira, 15 de fevereiro de 2012

"Amanhã, Ricardo Teixeira deverá deixar a CBF"

Segundo o colunista do jornal O Globo, Ancelmo Gois, que dificilmente dá uma notícia equivocada em sua coluna, o presidente da CBF, Ricardo Teixeira, deverá deixar, amanhã, a presidência da entidade máxima do futebol brasileiro.

"Amanhã, Ricardo Teixeira deverá deixar a CBF", foi a frase que Ancelmo utilizou na coluna. O colunista, porém, não deixou claro se Teixeira apenas se licenciará do cargo ou deixará de vez a entidade.

Se for o caso de licença, o atual presidente deverá deixar, momentaneamente, o cargo para tratar de problemas de saúde. Se a situação for de saída de vez, Teixeira, que comanda a CBF desde 1989, sairá muito devido as inúmeras denúncias de corrupção que vem sofrendo ao longo do tempo. Hoje, inclusive, a capa do jornal Folha de São Paulo estampa uma suposta  participação do presidente em negociações, no mínimo, estranhas.

Outro fato que poderia resultar na saída de Teixeira se deve ao mau relacionamento atual dele com a presidenta Dilma e com o presidente da Fifa, Blatter. As relações que eram, outrora, amistosas, se dão hoje de uma forma  conturbada. Tanto que Ronaldo e Pelé foram colocados na linha de frente da Copa para blindar um pouco o presidente.

Se Ricardo Teixeira cair mesmo, segundo o estatuto da CBF, o presidente deverá ser José Maria Marin, atual vice, com nova eleição ocorrendo somente em 2014. Não conhecem Marin? Pois então, é aquele que "embolsou" uma medalha na final da Copa São Paulo. Será que mudaria alguma coisa? Parece que eles tem hábitos em comum.

Acho difícil a saída de vez de Teixeira. Creio mais numa saída provisória, para cuidar da saúde. E a saúde do futebol brasileiro? Esta já está em segundo plano há tempos.

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Os fatos e as verdades do futebol

O Barcelona deu um banho de bola no Santos, fez quatro a zero e conquistou o Mundial de Clubes da FIFA de 2011, disputado no Japão. Isso é fato. Que o Barcelona é o melhor time do mundo e uma das maiores máquinas de jogar futebol da história também é. Mas, essa semana, ouvi muitos jornalistas, torcedores e críticos de botequim diminuirem o valor do Santos e do futebol brasileiro baseados no jogo. Vamos às minhas verdades (já que existem muitas verdades e poucos fatos no futebol).

Não é por um jogo que um time vira bom ou ruim. Vejo esse Santos jogar desde o Campeonato Paulista, passando pela grande Libertadores (onde o time da Vila jogou muita bola) e pelo Brasileirão (onde sofri aos montes vendo Neymar partindo para cima de Renato Silva - ah, Renato Silva!). A conclusão que chego é que o time do Santos é uma baita equipe (com um grande treinador), mas tem uma defesa frágil.

A defesa do Santos não é a pior defesa do mundo, mas tem muitas deficiencias (e, para suprir um pouco dessas deficiencias, Rafael faz milagres na meta). No meio, o time conta com volantes habilidosos (quem não queria um Arouca, ou um Henrique - e mesmo um Elano, apesar da má fase - em seus times de coração?). Do ataque nem precisamos falar da maestria (embora às vezes seja à passos de tartaruga) de Ganso, da magia encantadora e mutável de Neymar e do oportunismo de Borges.

Temos de levar em conta todos esses aspectos, tanto os positivos quanto os negativos, na hora de julgar as qualidades futebolísticas dessa equipe. "Os fãs de hoje são os linchadores de amanhã", já dizia Cazuza (que falava do passado, do presente e do futuro, como sempre). Os mesmos torcedores/críticos/palpiteiros de ocasião que adoravam o time do Santos há um tempo atrás dizem que esse time é pífio, que a defesa é fraca (um fato, não uma verdade), que Léo é velho, que Elano já foi melhor, que Ganso não tem vontade de jogar e que Neymar não é isso tudo.

Não podemos usar muito o jogo do Barça para tirar conclusões como essas. Não existem nenhuma equipe no mundo (neste mundo e no mundo de anos atrás) comparada a essa Barça, que golea o Madrid no Bernabéu, atropela o Arsenal no Emirates e destrói o Santos no Japão. O Santos não é tão bom quanto falavam no início do ano nem tão ruim quanto falam hoje. Existe o meio termo que acha o nível exato em que esse time está.

Outro paradigma que cai aqui é o de que o futebol europeu é extremamente superior ao nosso, é um futebol de outro mundo, enquanto estamos num mundo infinitamente inferior. Menos. Também não sou daqueles que acham que o Madrid brigaria por Sul-Americana no Brasileirão, que penará ao enfrentar o Coelho em Minas (olha que eu já ouvi isso...). O futebol brasileiro não é tão inferior, mas também não sejamos tolos. Temos nossos defeitos e temos muito o que melhorar, mas esses defeitos não aumentaram depois da peleja de domingo. Aquilo não vale como modelo, pois, se o futebol europeu não é de outro mundo, o Barça é.

Mãos à obra e, quem sabe um dia, ainda veremos um time que jogue em nossos campos, mas que não pertença a nosso planeta. Um dia esse time nascerá, conquistará o planeta terra e, depois de deixar os humanos em êxtase, se encontrará com Pelé e companhia em algum lugar da galáxia.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

Um ano para se orgulhar

O Vasco foi vice campeão brasileiro. Para muitos, vice de novo. Para outros, uma posição digna que encerrou o ano da volta de um Gigante à disputa por títulos. O Vasco não disputava títulos nacionais desde 2001. A conquista da Copa do Brasil e o vice campeonato brasileiro deste ano trouxeram de volta o Gigante, que estava adormecido.

A temporada do Vasco começou da pior forma possível: três derrotas para três equipes pequenas nas três primeiras rodadas do Estadual. O resultado foi a demissão de PC Gusmão e a chegada de Ricardo Gomes. Como aconteceu com o Botafogo no passado (quando a equipe tomou de seis do Vasco e deu a volta por cima, sendo campeão carioca), o Cruz-Maltino deu a volta por cima.

Ainda no Carioca, o Vasco chegou até a final da Taça Rio, perdendo-a nos pênaltis para o rival, Flamengo. A melhora era evidente. A prova final de que a equipe tinha melhorado foi a Copa do Brasil. Aliás, a Copa do Brasil não só foi a prova de que a equipe melhorou, mas a de que o time de São Januário voltava ao cenário dos grande clubes do Brasil. Com grande campanha, o Vasco conquistou o título, que garantiu também sua vaga na Libertadores do ano que vem.

O ano acabou? Muitos times (todos, com a exceção do Cruzeiro de 2003), quando ganham a Copa do Brasil, abrem mão do resto do ano e começam a planejar a Libertadores que virá. O Vasco foi exceção. Brigou por todos os títulos que vieram.

Na Sul-Americana, o Cruz-Maltino chegou até às semi-finais, sendo eliminado pela Universidad, considerada uma das melhores equipes da América (equipe que enfiou, inclusive, uma goleada histórica no Flamengo, em pleno Engenhão- tudo bem que não foi só a La U, não é mesmo, Atlético-GO?). Nessa competição, o Vasco conseguiu vitórias históricas, com grandes goleadas em São Januário. A equipe brigou até o fim. Mas não deu.

Já no Brasileiro, o Gigante da Colina brigou pelo título com o Timão até a última rodada. Até o último minuto da última rodada. Faltou pouco. Ao fim do jogo, a torcida que esteve presente ao Engenhão aplaudiu, de pé, o time, incentivando os jogadores, afinal, eles proporcionaram momentos mágicos para os adeptos durante essa competição (como, por exemplo, na partida contra o Flu, com gol nos acréscimos).

Por tudo isso citado, o balanço que faço de 2011, tanto como crítico quanto como torcedor, é extremamente positivo. O Gigante acordou e brigou, novamente, por todos os títulos em disputa. Não se contentou apenas com uma Copa do Brasil (ou com um Estadual e com uma vaga na Libertadores, como alguns, que tinham isso como "pojeto"). O Vasco foi grande e orgulhou sua torcida. Como torcedor, senti muito orgulho do meu time esse ano. Que ano que vem seja melhor ainda! Saudações vascaínas!

sábado, 3 de dezembro de 2011

O último suspiro de um Brasileirão de tirar o fôlego

E, finalmente, o Campeonato Brasileiro chegará ao fim. O Campeonato Brasileiro mais emocionante dos últimos anos terá seu ponto final amanhã. Alguns irão comemorar, outros não. A segunda-feira pode ser o céu ou o inferno, dependendo do resultado de seu time de coração. O título, as vagas na Libertadores, na Sul-Americana e as vagas (que ninguém quer) na Série B estarão em disputa amanhã, às 17h. O dia promete ser de muitas emoções.
No Pacaembú e no Engenhão, os objetivos são de título tanto para Vasco quanto para Corinthians. Já para palmeirenses e flamenguistas, a alegria maior seria tirar o título da mão dos rivais. Seria como tirar o doce da boca de uma criança. O Flamengo ainda pensa mais alto. Sonha com uma vaga na Libertadores. Para isso, o Rubro-Negro teria de, pelo menos, empatar com o Vasco. Com o jogo empatado, o Fla se classificaria para a Libertadores e, de quebra, tiraria o título do rival. Já o Palmeiras só pensa em tirar osonho do penta do rival. Motivação que é única, mas nem por isso é  menor que a dos rubro-negros.
Os postulantes ao título sofrerão com alguns desfalques na última rodada. No Vasco, Éder Luís e Eduardo Costa, que já são desfalques há algum tempo, continuam fora. Juninho Pernambucano e Allan ficarão de fora da decisão por suspensão. Com isso, Felipe terá que ditar o ritmo do meio de campo do Cruz-Maltino. No Timão os desfalques sérios são Émerso Sheik (suspenso) e Ralf. As duas equipes receberam um apoio especial no dia anterior às decisões. No Vasco, a presença na concentração do técnico Ricardo Gomes deu mais motivação aos jogadores, que ficaram, mais uma vez, emocionados ao reverem o comandande. Já em São Paulo, foi a torcida corintiana que compareceu em peso para dar apoio no último treino da equipe.
Os clássicos que envolvem os postulantes ao título não são os únicos decisivos da rodada. Ainda no eixo Rio-São Paulo, Botafogo x Fluminense  e Santos x São Paulo fazem clássicos importantes. Pelo lado carioca, o Botafogo briga para garantir uma vaga na Libertadores (para isso terá de vencer e torcer contra Coritiba, Internacional,  Figueirense e São Paulo) e o Flu para garantir vaga na fase de grupos da mesma competição. No lado paulista a motivação é a mesma do Tricolor, que, para alcançar a competição continental, além de vencer, terá de torcer contra Inter  e Figueirense.
As outras equipes que também brigam por uma vaga na Libertadores também tem pela frente rivais da mesma cidade. O Figueirense enfrentará o já rebaixado Avaí, que tentará impedir que o Alvinegro Catarinense seja a primeira equipe do Estado a disputar uma Libertadores. O Inter também enfrentará um rival (no caso, o Grêmio) que tem como única motivação tirar a vaga do rival. Já o Coritiba terá a situação mais complicada. Enfrentará seu maior rival, o Atlético, que luta para não ser rebaixado (para isso terá também de torcer contra Ceará e Cruzeiro). 
Na parte inferior da tabela a briga não será menos empolgante. O Ceará terá de vencer o Bahia (que briga por uma vaga na Sul-Americana) e torcer contra o Cruzeiro para não ser rebaixado. Já a equipe mineira terá como adversário o seu maior rival, o Atlético-MG, que quer fazer com que o torcedor celeste sinta a mesma tristeza que os atleticanos sentiram quando o Galo caiu. O Cruzeiro depende apenas de uma vitória para se livrar desse gostinho amargo.
Quem vai ser campeão, os times que vão para a Libertadores ou quem vai ser rebaixado eu não sei. Nem os Deuses do futebol devem saber. Talvez o Sobrenatural de Almeida apareça e surpreenda quem já decretou quem é favoritou e quem não é. Ou não, e tudo aconteça como previsto. O que sei é que a rodada será tão emocionante quanto foi o campeonato inteiro. O torcedor que se segure na poltrona (ou na arquibancada) e que torça para amanhecer no céu na segunda-feira. Caso contrário, os rivais não perdoaram.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

O Coelho saiu da cartola

"O América Mineiro está rebaixado", decretavam (e ainda decretam) os críticos e entendidos do assunto futebol. "Os clubes que enfrentassem o América na reta final se dariam bem", diziam, sem nenhuma dúvida ou receio. Os matemáticos davam o Coelho como rebaixado. Como se sabe, palpites são palpites e matemática não se enquadra no futebol. Quem enfrentou o América sofreu. Assim como os palpiteiros, que erraram em quase todos os prognósticos.

O líder Corinthians tinha, em seu caminho para o título, o "já rebaixado" América, em Minas. O América resolveu mudar seu mando de campo: ao invés de jogar em Sete Lagoas, a equipe mineira levou o jogo para Uberlândia, onde a maior parte da torcida é do Corinthians. Resultado: críticas aos montes para cima da diretoria do Coelho, que foi acusada de entregar o jogo só para ter mais lucro. Mais uma vez os palpiteiros ficaram para trás e o América ficou com o lucro e os três pontos. David bateu Golias. E com torcida contra.

No jogo seguinte, o Alviverde mineiro foi até o Rio de Janeiro enfrentar mais um postulante ao título: o Fluminense. Mais uma vez o estádio estava lotado, e a torcida era adversária. Mais uma vez o América surpreendeu e fez um partidaço. Jogou muito e conseguiu bater o Tricolor. O Engenhão se calou diante de um surpreendente América, que, após o resultado positico, saiu da lanterna do Campeonato Brasileiro. Os palpiteiros de plantão cairam de novo.

O próximo adversário do Alviverde é o Botafogo, outro candidato ao título. Ou o Botafogo volta a vencer e tenta engrenar para o título ou o América engrena de vez e tenta, com mais solidez, sair dessa zona do rebaixamento, que tanto atormenta os torcedores da tradicional equipe de Belo Horizonte, que subiu da Série B no ano passado e não quer voltar a disputar essa competição.

A queda ainda é iminente. O América tem 31 pontos, seis a menos que o primeiro fora da zona de rebaixamento, outro mineiro, o Cruzeiro. Porém, nas últimas rodadas o Coelho saiu da cartola e vem jogando como nunca. A torcida ainda acredita. Se continuar assim, quem sabe... Talvez o Coelho tenha saído tarde demais da cartola. Talvez a mágica funcione. Palpites?

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Dinamite errou lá atrás. Agora é tarde.

A semana foi de polêmica quando o assunto era o local do jogo entre Vasco e Botafogo, que será disputado somente no próximo fim de semana. O assunto veio à tona nas mesas redondas do rádio e da Tv e nas ruas depois que a torcida do Vasco se mostrou favorável ao clássico ser disputado em São Januário, local onde o Cruz-Maltino manda todos os seus jogos na temporada, com a excessão dos clássicos. A pergunta é: Por que o Vasco não pode mandar clássicos em Sâo Januário?

Cheguei a ouvir nessa semana, de amigos que torcem por outras equipes e até mesmo de jornalistas que abusam  de boatarias na Tv que São Januário não tem estrutura para receber um clássico. Concordo que os arredores de São Januário não são dos melhores, e as ruas são estreitas, mas não são tão ruins assim a ponto de se marginalizar a área. Cito o exemplo da Vila Belmiro. Quem foi diz que existe uma semelhança muito grande com a área do estádio do Vasco, e nem por isso os clássicos de São Paulo deixam de ser disputados lá. Com relação ao estádio, é impossível não reconhecer a beleza do monumento que é o estádio de São Januário, assim como a grandeza de sua história. Mesmo assim a polêmica é gerada.

Não é de hoje que falamos disso. O assunto começou a ter um certo caráter de polêmica quando o Maracanã fechou as portas para os clubes cariocas para passar por mais uma reforma. Quando o Mário Filho ainda estava apto a receber partidas de futebol, todos os clássicos cariocas eram ali disputados, sem nenhuma polêmica. O estádio era considerado neutro, o que, de fato, era. Inclusive quando o jogo era de maior apelo, o próprio Vasco chegou a mandar partidas contra equipes de fora do estado, com o objetivo de receber um número maior de torcedores (vascaínos, claro) e faturar mais com isso.

Desde que o Maior do Mundo foi fechado para obras, os clubes do Rio ficaram órfãos do maior palco do futebol mundial. Pior que isso, os clubes ficaram sem rumo. A situação foi pior para Flamengo e Fluminense por não contarem com estádios próprios. Mas a falta do Maracanã foi sentida também por Vasco e Botafogo, pois o estádio ainda era o palco dos clássicos regionais para essas equipes. A dúvida então nasceu: Onde serão disputados os clássicos regionais? Se forem todos disputados no João Havelange, o Botafogo levará vantagem, sendo o Engenhão o seu estádio?

Os presidentes dos quatro grandes clubes do Rio de Janeiro se reuniram e chegaram a uma resposta para a questão. Ficou resolvido que todos os clássicos cariocas seriam disputados no Engenhão até a volta do Maracanã, com os ingressos, a renda e as despesas sendo divididos igualmente. Na época, todos os presidentes dos quatro grandes do Rio concordaram e firmaram um acordo verbal.

Da concordância e afirmação do acordo verbal até hoje, diversos clássicos foram disputados no Engenhão e pouco se questionou sobre isso. A diferença é que agora o Cruz-Maltino tem chances reais de alcançar um título de enorme importância que não ganha há mais de dez anos. E o ponto fundamental do questionamento foi a mobilização da torcida vascaína, que levou faixas aos estádios, protestou e fez campanha nas redes sociais querendo a disputa dos clássicos em São Januário. Com a pressão da torcida, Dinamite resolveu se manifestar e tentou mudar o local do jogo do próximo fim de semana entre Vasco e Botafogo para São Januário. Tentativa em vão, pois a CBF negou prontamente o pedido do mandatário do Vasco por, discordância do Botafogo.

O erro de Dinamite foi cometido lá atrás, ao aceitar jogar clássicos em um campo que não é neutro, pois tem um dono, que é o Botafogo. Os jogadores do Botafogo já estão acostumados a jogar no Engenhão, assim como a torcida do Glorioso também já se adaptou ao estádio. A tentativa de Dinamite agora de mudar o local do jogo foi em vão e ele sabia que não chegaria a lugar nenhum, já que o acordo foi firmado anos atrás e o presidente do Botafogo, Maurício Assumpção, está satisfeito com a situação atual.

O Vasco deve jogar em São Januário por uma questão técnica, já que o time treina no estádio todo dia e já conhece o campo, os atalhos que o gramado oferece e o público que normalmente comparece. Financeiramente seria até melhor jogar no Engenhão, pois o público e, por conseguinte, a renda, seriam maiores, mas acredito que o nível técnico tem de prevalecer. Essa polêmica é parecida com a do jogo entre Corinthians e América-MG, quando o Coelho opta por jogar em Uberlândia para ganhar mais dinheiro. O nivel técnico e a boa campanha da equipe mineira em casa na competição, assim como sua torcida, são dispensadas em nome de uma renda maior. No final do campeonato essas decisões podem custar caro. Ou não, e toda essa polêmica foi levantada em vão.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Equipes tradicionais podem voltar a brilhar no velho continente

Ano novo, vida nova. Essa máxima vale para algumas grandes equipes do futebol europeu, que estavam esquecidas e que, neste ano, prometem brigar por taças em seus países e,quiçá, lutar por títulos Europeus. Camisetas tradicionais que estavam esquecidas voltam a sonhar grande. Equipes com torcidas apaixonadas que estavam adormecidas pretendem acordar.

O Sporting não conquista o Campeonato Português desde a temporada 2000/2001, sendo coadjuvante nas últimas dez temporadas. No meio do ano, uma eleição presidencial prometeu mudar o rumo da equipe verde e branca. Godinho Lopes, presidente eleito, entrou e prometeu grandes contratações para a equipe. Para a temporada, os principais nomes vieram do futebol espanhol. Elias (meia da Seleção Brasileira, ex Atlético-MAD), Jeffren (Jovem promessa ex Barça) e Capel (ex Sevilla) chegaram junto com nomes menos conhecidos, mas que até agora vem jogando bem, como os holandeses Wolfswinkel e Schaars. Com bons jogos na Europa League e na Liga Sagres, a tradicional equipe de Lisboa parece ter se reerguido e voltado a sonhar, novamente, com conquistas.

Na velha bota duas equipes tradicionais ameaçam novamente as, até então, soberanas equipes de Milão. A Juventus resolveu abrir os cofres e voltar a pensar grande. Nomes como Andrea Pirlo (ídolo no Milan e na Seleção Azzurra), Arturo Vidal (ídolo no Chile), Elia (jogador da Seleção da Holanda), Lichtsteiner (melhor lateral direito do último Calcio) e Vucinici (ex Roma) chegaram para somar ao grande elenco que a Vecchia Signora formou nesta temporada. Além do novo estádio (que foi inaugurado no início da temporada), grandes jogadores tentarão fazer da Juventus grande novamente.

A Roma, por outro lado, não inaugurou estádio, mas fez contratações pontuais, como as do zagueiro Kjaer (ex Wolfsburg), do meia Pjanic (ex Lyonn), e a dos atacantes Osvaldo e Bojan. Já que o ditado diz que um grande time começa por um bom goleiro, a equipe da capital trouxe o arqueiro Stekelenburg, titular da vice campeã da Copa do Mundo, a Holanda. As duas equipes da Itália não disputam competições européias, porém dentro de casa é fato que Milan e Inter terão problemas.

Na França, uma força maior agiu sobre o Paris Saint German para que a tradicional equipe da capital nacional pudesse se reerguer. Sem títulos e ídolos nos últimos anos, os petrodolares vindos do mundo árabe cairam no momento certo para a torcida. Com esse dinheiro vindo de um fundo de investimento do Qatar (ou não), jogadores de nome como Javier Pastore (Contratado por mais de 40 milhões de euros), Menez (ex Roma), Sissoko (ex Juventus) e o arqueiro Sirigu (que fez carreira de sucesso na itália), além do diretor de futebol Leonardo, chegaram para dar nova cara e a esperança de títulos para a equipe e para o torcedor parisiense.

O último clube que enquadro nesta seleta lista vem de Madrid. O Atlético, que tem nove conquistas de Liga Espanhola e seu currículo, há tempos sucumbe a Real Madrid e a Barcelona. Não acredito que, nesta temporada, a equipe da capital lute pelo título da Liga BBVA, porém, com o bom elenco que tem, a equipe tem condições de sonhar mais alto que uma vaga na Europa League (que sabe uma vaga na Champions ou o título da própria Europa League...). Arda Turan (ex Galatasaray), Diego (ex Wolfsburg), Adrián (ex Deportivo de la Coruña) e Tiago (ex Juventus) são nomes que dão esperanças para os torcedores de que algo de bom pode acontecer ainda nesta temporada.


A renovação (seja presidencial, técnica ou de jogadores) era necessária nesses clubes. Suas torcidas já não aguentavam mais ficar anos sem títulos. Creio que com os novos nomes que conseguiram, Sporting, Juventus, Roma, Paris Saint German e Atlético de Madrid consiguirão bons resultados nesta temporada. Paris merece um bom time de futebol, a Liga Sagres merece algo a mais que Benfica e Porto na luta pelo título, assim como o Calcio merece mais que Milan e Inter, e a Liga BBVA que Madrid e Barça. Tomara que essas tradicionais camisetas voltem a brilhar. Pelo bem do futebol no velho continente.