sexta-feira, 5 de agosto de 2011

O que é o céu e o inferno?

Quem me conhece sabe que eu não sou religioso. Muito pelo contrário. Mas religião não será o tema aqui, até porque religião, política e futebol não se descutem. Quem sou eu para analizar ou julgar alguma religião ou um religioso fervoroso? Ninguém. Não sei ao certo se esse tema tem muitos paralelos com o tema específico da religião. Cada um tem a sua religião e sua crença. Em algumas religiões acredita-se que a morte é apenas uma passagem para outra vida. Em outras acredita-se em reencarnação. E para algumas pessoas a morte não quer dizer absolutamente nada. Acaba-se tudo no momento em que o coração para de bater, uma visão cientificamente comprovada.

Sinseramente eu ainda não me posicionei sobre em qual dessas versões eu acredito ou se não acredito em nenhuma. O fato é que, dia desses, estava andando por um livro(como se fosse possível fazer isso...) e vi uma definição sobre o céu e o inferno bem interessante. Também não tenho opinião formada sobre o assunto e respeito quem tem a sua, seja qual for. Para alguns a pessoa que fez coisas ruins(Deus, o superior, definiria,como um juiz, o que é coisa ruim e o que é coisa boa) iria pagar seus pecados no inferno e o indivíduo que só teve atos bons durante sua passagem na terra iria viver no céu em uma espécie de paraiso. A história que eu li me pareceu bem mais interessante do que essa versão(sem querer julgar quem nela acredita).

No livro "O Aleph" o escritor Paulo Coelho diz que, segundo uma tradição, "No segundo antes da nossa morte, cada um se dá conta da verdadeira razão da existência. E nesse momento nasce o inferno ou o paraíso. O inferno é olhar para trás nessa fração de segundo e saber que desperdiçamos uma oportunidade de dignificar o milagre da vida. O paraíso é poder dizer nesse momento: Cometi alguns erros, mas não fui covarde. Vivi minha vida e fiz o que devia fazer." Tive a certeza que deve ser por ai mesmo.

Existem duas formas de não conseguir algo: Uma na qual decidimos ficar de braços cruzados e não fazer nada(deixando a oportunidade de agir de lado sabendo que depois poderemos nos arrepender pelo resto da vida- chegando ao inferno, como diz a tradição citada) e outra na qual tentamos do fundo da alma fazer algo. Na segunda forma podemos dizer que tentamos, agimos e não ficamos de braços cruzados vendo a vida e as oportunidades passarem. Agindo como na primeira situação podemos ganhar uma vida inteira de inferno, se arrependendo por não termos lutado pelo que queriamos, ficando sem reação esperando com que as coisas acontecessem sozinhas. A lição que fica, para mim, dessa forma de ver o céu e o inferno é que devemos morrer tentando, pois viveremos pelo menos em paz, sabendo que fizemos o que era possível. E isso basta para ter a consciência tranquila. Como diz uma frase famosa: "Você é o que você faz", e não o que você tem, como muitos acreditam. Mas isso é história para outro dia...

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